Abertura de Conferencia Internacional “Diáspora Cabo-verdiana, Migrações e Desenvolvimento”
Em comemoração ao Dia da Cultura e das Comunidades, o Ministério das Comunidades em parceria com o Ministério da Cultura e das Industrias Criativas, desenvolveram um leque de atividades, em diversas localidades.
A marcar o inicio, o Centro Cultural do Mindelo recebeu, ontem, a Conferência Internacional sob o lema “Diáspora cabo-verdiana – Migração e Desenvolvimento”. A cerimónia de abertura foi presidida pelo Excelentíssimo Primeiro Ministro de Cabo Verde, DR. José Ulisses Correia e Silva.
O Presidente da Câmara Municipal de São Vicente, fez-se presente no ato, iniciando o seu discurso saudando e agradecendo à todos os presentes, e à todos aqueles que trabalham ao serviço desta nação, da família e das comunidades, em especial aos emigrantes.
“Um país é muito mais do que um território. Cabo Verde é acima de tudo, as pessoas que o integram, os caboverdianos que vivem no nosso país e no estrangeiro, os cidadãos de outros países que decidiram residir e trabalhar entre nós. Esta é a nossa riqueza maior: somos um país uno, mas também plural, uma comunidade coesa, mas simultaneamente diversa, uma cultura feita de várias culturas. Aos longo destes anos difíceis, os caboverdianos deram prova de um notável sentido de patriótica e de responsabilidade. O povo caboverdiano tem a coragem do sonho e a força da esperança. A história mostra-nos que não somos melhores nem piores que os outros, somos diferentes, somos caboverdianos. É esta singularidade que nos distingue dos outros povos do mundo. É essa singularidade, esse modo de ser crioulo, que celebramos no dia de hoje, o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades caboverdianas.” Frisou o edil.
O Presidente Augusto Neves, aproveitou da oportunidade para saudar, a todos aqueles que de forma entusiástica e patriótica têm aderido e dado cor e vida, a essa grandiosa diversidade cultural que a ilha de São Vicente possui, entre elas o tradicional carnaval, as festas religiosas, o festival de kavala Fresk, o Mindel Summer Jazz, o Festival da Baía das Gatas, o Mindelact, a Urdi, o Réveillon.
Para o Autarca, a língua e a cultura constituem elementos patrimoniais da matriz identitárias das nações. A sua defesa e promoção representam, por isso, uma expressão operatória inequívoca do conceito de interesse nacional permanentemente acentuando, ao mesmo tempo, a relevância decisiva da dimensão cultural da política externa. Considerando a imperatividade da defesa e da promoção da identidade cultural, através da política externa centrada na concretização de objetivos consensualizadas em termos de interesse nacional, torne-se pertinente e oportuno, refletir sobre a dimensão cultural da política externa caboverdiana, como vetor estratégico específico, da afirmação de Cabo Verde no mundo. E que a diáspora mantem uma forte ligação ao país, o que tem justificado o elevado peso das remessas na balança corrente e na melhoria das condições de vida dos familiares.
Que o povo caboverdiano continue reforçando a sua cultura.